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A médica Mayra Pinheiro pediu para o STF para ficar em silêncio na CPI. Foto: Ministério da Saúde/Reprodução

Assim como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a médica Mayra Pinheiro, que também é conhecida como “Capitã Cloroquina”, apresentou pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio na CPI da Covid-19.

O depoimento dela está marcado para o dia 20, próxima quinta-feira. A médica Mayra Pinheiro é apontada como uma das responsáveis pela distribuição de cloroquina, medicação que, de acordo com vários estudos, é ineficaz contra a Covid-19 e ainda pode acarretar problemas cardíacos. Além disso, Mayra Pinheiro foi uma das médicas que puxou vaias contra os médicos cubanos que vieram ao Brasil participar do programa Mais Médicos.

Depoimento na CPI da Covid

Agendada para quarta-feira (19), às 9h, a audiência de Pazuello é a mais esperada. Dos quatro ministros que comandaram o Ministério da Saúde durante a pandemia, Pazuello foi o que ficou mais tempo no cargo.

O general do Exército e especialista em logística assumiu interinamente o ministério em 16 de maio de 2020, após a saída de Nelson Teich. Ele foi efetivado no cargo em 16 de setembro e exonerado no dia 23 de março de 2021. Estava no comando da pasta quando a Pfizer fez uma oferta de 70 milhões de doses de imunizantes ao Brasil, segundo o presidente regional da empresa na América latina, Carlos Murillo. Em 11 de fevereiro deste ano, durante sessão no Plenário do Senado, Pazuello afirmou que eram somente 6 milhões ofertadas pela Pfizer.

Em depoimento à CPI na quinta-feira (13), o representante da Pfizer detalhou três ofertas feitas em agosto de 2020 ao governo brasileiro. Todas, segundo ele, ficaram sem resposta. Somente em 19 de março de 2021 foi assinado contrato com a empresa.