Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Auxílio Brasil, programa criado por Jair Bolsonaro com objetivos eleitoreiros, utiliza dados ultrapassados para definir os beneficiados. O programa social considera os números da pobreza do Censo de 2010, ou seja, os números ignoram milhões de famílias brasileiras.

De acordo com o número usado pelo governo e levantado pelo UOL, 13,8 milhões de pessoas seriam elegíveis como público-alvo. No entanto, o Cadastro Único, atualizado em setembro, contabiliza ao mesmo 18 milhões de famílias pobres e extremamente pobres no país.

Em novembro, o Auxílio Brasil atendeu 14,5 milhões de famílias no país, deixando quase quatro milhões de brasileiros sem ter o que comer em um período de alta de preços e inflação.

O Ministério da Cidadania confirmou ao UOL que “a base de dados utilizada pelo Auxílio Brasil é o Censo de 2010.”

Questionado por que não usa outros dados mais recentes, o ministério afirmou que em 2022 “está prevista a atualização dessas informações, dada a necessidade de atender com mais eficiência as famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo a oferta de condições e oportunidades para a melhora da qualidade de vida desses cidadãos”.

No Maranhão, Meio milhão de pessoas foram retirados da lista de benefícios do Governo Federal por Bolsonaro. As cidades que mais tiveram famílias excluídas no Maranhão foram: São Luís (170.227), Imperatriz (45.652) São José de Ribamar (30.841), Codó (26.008), Timon (22.371) e Caxias (21.674).