Durante algum tempo, surgiram rumores sobre um possível distanciamento entre o governador Carlos Brandão e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino. Mas a realidade tem mostrado o contrário. A aliança entre os dois líderes políticos não apenas resiste ao tempo, como também dá sinais claros de fortalecimento. Para quem ainda acredita em uma ruptura, talvez seja hora de reavaliar os cenários. Tudo indica que os dois caminham para uma nova composição em 2026, mantendo o mesmo grupo que vem dominando as eleições estaduais desde 2014.

Nesse contexto, a ideia de uma candidatura ao governo do estado por parte do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, parece cada vez mais improvável. Político experiente, Braide dificilmente abriria mão do comando da capital para enfrentar uma disputa tão acirrada com um grupo que já demonstrou forte capacidade de articulação e de conquista eleitoral. Seu foco, ao que tudo indica, permanece na administração municipal.

Outros nomes da oposição, como Lahesio Bonfim, também devem encontrar dificuldades semelhantes. A força política de Brandão e Dino, juntos, tem potencial para definir os principais cargos do estado: do próximo governador à maioria da bancada de deputados estaduais e federais, além do Senado. Essa possibilidade não se trata apenas de uma suposição — é um desdobramento natural da influência que ambos exercem no cenário maranhense.

Apesar da grande quantidade de pesquisas eleitorais que têm circulado recentemente, os dados, neste momento, têm valor limitado. O fator decisivo para 2026 será a manutenção (ou não) da unidade entre os grupos de Brandão e Dino. Caso permaneçam juntos, a tendência é de mais uma vitória expressiva, independentemente de quem seja o nome escolhido para liderar a chapa.

Essa aliança tem um peso político tão relevante que, diante dela, a oposição encontra poucas brechas para crescer. Mesmo lideranças com bom desempenho em eleições passadas, como o próprio Eduardo Braide — que demonstrou força eleitoral em São Luís e consegue dialogar com o interior do estado — teriam grande dificuldade de avançar em um cenário de coesão governista.

É claro que há divergências e disputas internas. Em qualquer agrupamento político, é natural que existam interesses individuais que por vezes colidam com o projeto coletivo. Mas, mesmo com eventuais tensões, o objetivo comum de manter o grupo no poder tende a prevalecer. Desentendimentos, disputas por espaço e tentativas de enfraquecer o acordo devem surgir, mas são obstáculos que, ao que tudo indica, serão superados.

No fim das contas, pouco importa como se dará a reaproximação — se discreta, se pública, se negociada por aliados ou definida diretamente entre os dois. O que realmente fará diferença é o resultado prático dessa união: a consolidação de uma força política praticamente imbatível nas urnas.

Em resumo, o cenário político do Maranhão para 2026 continuará sendo moldado por uma pergunta essencial: Brandão e Dino estarão no mesmo palanque? Se a resposta for sim, as chances da oposição diminuem consideravelmente — e o eleitorado já começa a entender isso.