O Partido Liberal (PL) está envolvido em um escândalo político em São Luís, com acusações de manipulação de candidaturas “laranjas” para roubar a cota de gênero, obrigatória para a inclusão feminina nas eleições . A investigação, em curso, aponta para que a sigla utilizasse recursos partidários de maneira irregular nas eleições legislativas.
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Recursos elevados, votos baixos
Dados preliminares indicam que várias candidaturas do PL receberam recursos expressivos partidários, mas registraram votações incompatíveis com os valores investidos. A situação levanta suspeitas de que essas candidaturas poderiam ter sido apenas formais, criadas para atender aos requisitos legais sem uma real intenção de competir.
Entre os casos destacados está o de Joyce Rafaelly, do Coletivo Elas, que recebeu R$ 50 mil, mas obteve apenas 34 votos. Lurdinha Cunha e Egídia Fonseca, juntas, receberam R$ 120 mil e conquistaram apenas 59 e 96 votos, respectivamente. Outro caso alarmante é o de Domingas Lima Vitorino, que também recebeu R$ 50 mil, mas não apresentou nenhuma atividade de campanha em suas redes sociais, reforçando as suspeitas sobre as desvantagens de sua candidatura.
Ainda mais emblemático, Biah, do Coletivo Nova Juventude, recebeu R$ 110 mil em recursos partidários e conseguiu apenas 182 votos. Uma análise de suas redes sociais revelou a ausência total de publicações relacionadas à campanha eleitoral, o que aprofunda as dúvidas sobre o uso dos recursos.