Nesta semana, o governador Flávio Dino (PSB) foi alvo de uma fake news das hostes bolsonaristas de que ele seria contra uma proposta de diminuição do ICMS sobre a gasolina. Hoje, em entrevista ao UOL, o socialista foi enfático ao ser perguntado sobre o tema: “Eu creio que qualquer redução tributária nesse momento de grave crise nacional, se o Governo Federal quer fazer, eu não vejo nenhum problema em relação a isso”.

Dino lembrou que os próprios governadores fizeram uma série de reduções tributárias nos estados. “Eu mesmo fiz mais de 50, por exemplo redução tributária sobre o gás de cozinha. Eu não vejo nenhum problema em relação a isso”, enfatizou.

De acordo com o governador, os Estados estão contribuindo mantendo o preço médio de referência congelado há cerca de seis meses, para que o preço dos combustíveis não seja ainda mais elevado. “E foi congelado por mais 90 dias. Então essa é uma colaboração substantiva e clara”, frisou.

A fake news bolsonarista dizia também que Flávio Dino e outros governadores pretendiam judicializar a diminuição e levar a discussão para o STF. Quando perguntado sobre o tema pela reportagem do UOL, Dino afirmou que “não é necessário, não é o caso de ingressar com nenhuma demanda judicial, e sim continuar com diálogo federativo. Porém, esse diálogo não pode ser apenas sobre um tema. Enquanto não houver mudança da política de paridade internacional de preços, esse drama vai continuar. Esse é o ponto”.

Segundo o governador, são várias as alternativas para sanar esse problema, como fundos de estabilização e várias técnicas institucionais que podem garantir que não seja o povo brasileiro a pagar o preço escorchante dos combustíveis.

“Então tem que colocar a Petrobras e o Governo Federal na mesa. Para o diálogo poder avançar. E os estados mantiveram o congelamento por mais 90 dias e espero que algum tipo de lucidez ocorra neste período no que se refere, sobretudo, a essa questão da política de preços que é o drama maior que hoje leva a esse absurdo aumento”, completou.

Veja a entrevista completa: