Durante a primeira reunião entre PT e PSB para discutir o apoio à candidatura de Lula, as executivas nacionais das duas siglas decidiram ouvir suas bases nos estados para tentar dirimir as divergências sobre os palanques locais. No Maranhão o cenário já está definido, o PT já se comprometeu em apoiar candidato do PSB no estado.

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As duas siglas negociam uma aliança nacional, mas esbarram em disputas pelo governo do estado. O PSB trabalha para atrair o ex-tucano Geraldo Alckmin e cobram que os petistas abram mão das candidaturas aos governos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espirito Santo e Rio de Janeiro. O PT resiste.

Na reunião desta quinta, foi firmado uma espécie de protocolo de intenções entre os dois partidos. Em Pernambuco, o PT tende a abrir mão da candidatura do senador Humberto Costa em nome de um candidato ainda a ser definido pelo PSB; no Rio de Janeiro, o PT também sinalizou que não lançará candidato para apoiar Marcelo Freixo.

O PSB, por sua vez, deve apoiar o PT na Bahia – candidatura de Jaques Wagner; em Sergipe – a do senador Rogério Carvalho -, além de Rio Grande do Norte e Piauí. O PT, do outro lado, já se comprometeu a apoiar candidatos do PSB no Maranhão, Alagoas e Santa Catarina.

Vamos ter que fazer um esforço de composição nos estados. Vamos marcar uma reunião com SP. O PT entende que a candidatura do Haddad é essencial e são dois grandes quadros políticos, que tem experiência política. Nós, como muito respeito, temos que chegar a um denominador”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

“A nossa aliança não pode ser matemática. A política precede todos os números”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira, sobre os cálculos eleitorais da aliança entre os dois partidos nos estados.

A partir da próxima semana, as executivas estaduais irão buscar estabelecer quais serão as candidaturas prioritárias em 2022. A primeira reunião local acontecerá em Pernambuco.

Com informações de O Antagonista*