De acordo com o IBGE, cerca de 41% dos brasileiros, ou 84,9 milhões de pessoas estão afetadas pela fome ou algum grau de insegurança alimentar. Desses, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro.
Para cerca de 13,9% dos brasileiros, a fome é uma experiência vivida no domicílio. Neste caso, a situação de insegurança alimentar é considerada moderada ou grave e qualidade e quantidade desejada em relação aos alimentos já estavam comprometidas.
Após a pandemia, a dificuldade de garantir alimentação de qualidade e quantidade aumentou. O desemprego bateu recorde no país e o Brasil vive sua pior recessão.
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A pesquisa do IBGE apontou que a despesa per capita mensal com alimentos pela população com acesso regular à alimentação básica foi de R$247,46, enquanto o gasto por pessoa afetada por algum grau de insegurança alimentar foi de R$ 153,49 no mesmo período.
Os entrevistados pela pesquisa, que viviam sob condição de insegurança alimentar, apontaram que o valor mínimo para cobrir os gastos com alimentação de toda família, seria de R$ 271,94.
Além disso, a pesquisa constatou que a dificuldade para colocar comida na mesa é maior entre chefes de família pretos ou pardos. Dos 41% da população sem acesso regular à alimentação básica, 28,4% são integrantes de famílias chefiadas por negros ou pardos.
Metade da população que vive em lares chefiados por pessoas com apenas o ensino fundamental incompleto está submetida às condições impostas pela insegurança alimentar.
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