Menos de 24 horas após o plenário da Câmara rejeitar PEC do Voto Impresso (PEC 135/2019), o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar nesta quarta-feira (11) a segurança das eleições brasileiras.
Em conversa com apoiadores, ele destacou que metade dos deputados que votaram pela PEC do voto impresso não confia no trabalho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que o resultado do pleito do ano que vem não será confiável.
Foram 229 a favor do texto, 218 contra e uma abstenção. Eram necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados —60%— para que a proposta de impressão do voto dado pelo eleitor na urna eletrônica fosse adiante. Ou seja, faltaram 79 votos para que a PEC fosse aprovada. Diante do resultado, ela foi arquivada.
Nesta quarta, Bolsonaro voltou a alimentar teorias da conspiração sobre a fragilidade dos sistemas internos do TSE e sobre a existência de um suposto plano para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na fraude”. As falas do mandatário foram transmitidas por um site bolsonarista.
Arthur Lira, presidente da Câmara, disse ter ouvido de Bolsonaro o compromisso de que respeitaria o resultado do plenário da Câmara — fato já desmentido após mais esse ataque.