Programa espião Pegasus
O programa clandestino Pegasus visa espionar jornalistas, ativistas e inimigos políticos de chefes de estado, à margem da Constituição. Foto: Reprodução

O Pegasus, sofisticado programa de espionagem israelense, já despertou interesse de procuradores da agora extinta força-tarefa da Lava Jato.

É o que revela nesta segunda-feira (26) o blog do Jamil Chande. Numa petição protocolada nesta segunda no STF (Supremo Tribunal Federal), a defesa do ex-presidente Lula revela como os procuradores em Curitiba teriam buscado criar um sistema de espionagem cibernética clandestina. A perícia tem como base mensagens de chats entre membros da Lava Jato apreendidas na Operação Spoofing.

Leia também: TSE desmente Bolsonaro sobre apuração de votos “secreta” 

A polêmica ferramenta virou notícia no mundo no último dia 18 por ter sido utilizada por governos para espionar jornalistas, ativistas e inimigos políticos dos chefes de estado. Segundo um consórcio de 17 jornais de dez países, ao menos 180 jornalistas chegaram a ser monitorados por meio do sistema Pegasus.

Segundo a petição ao STF a partir dos diálogos de procuradores, “a Operação Lava Jato teve contato com diversas armas de espionagem cibernética, incluindo o aludido dispositivo Pegasus”. O documento é assinado pelos advogados Valeska Teixeira Martins e Cristiano Martins.