Roberto rocha
Rocha pediu vaga na CPI para representante do “grupo de comorbidades” assim como vaga cedida às mulheres. Porém mulheres não têm vaga reservada na CPI. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.

O senador maranhense Roberto Rocha (PSDB), que é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – questionou o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), sobre a representatividade feminina nas sessões. Rocha pediu vaga na CPI para representante do “grupo de comorbidades” assim como vaga cedida às mulheres.

Omar Aziz ponderou que as mulheres não têm representatividade na CPI, lembrando que a comissão é formada por 11 titulares e sete suplentes, todos homens. Em seguida, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu a palavra e relembrou que há participações femininas nas sessões após autorização de Aziz.

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“Não é verdade (a representatividade). Nós não temos espaço na CPI, nós não temos assento e nem nos foi garantido o assento na CPI. Apenas o direito de poder, num gesto democrático e de visibilidade positiva, ter apenas timbres masculinos, vozes masculinas num país que tem a sua grande maioria de mulheres, 16 a 18 senadores falando antes de ter o direito de uma mulher falar. Então o que nós tivemos, por ordem de inscrição, não é privilégio, não é concessão, foi uma generosidade do presidente Omar Aziz”, concluiu.

Para Roberto Rocha, a CPI da Covid “não discute apenas questões de interesse das mulheres, mas, sim, questões de toda a sociedade”.

“Quero fazer um requerimento como portador de comorbidades. Eu e outros senadores, certamente, portadores de comorbidades, que não são membros da comissão, frequentariam presencialmente o plenário. Se pudessem ser tratados da mesma forma que a representação feminina tem sido”, disse Rocha. 

Logo nas primeiras sessões, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), deu direito de manifestação para a representação feminina na comissão. A questão já foi motivo de debate na comissão, com uma discussão acalorada entre a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) e o governista Ciro Nogueira (PP-PI).