Flávio Dino Senado
O governador do Maranhão, Flávio Dino – ( Foto: KGÊ)

Chamado nesta segunda-feira (10) para a Comissão Temporária da Covid-19, criada para acompanhar questões de saúde pública relacionadas à pandemia, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou o atraso da imunização que ocorre no Brasil, além de ter repudiado os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à China, maior parceiro comercial do país e de quem o Brasil depende de insumos para produção de vacinas.

Nós precisamos debater normalidade diplomática com países que provem insumos. Chega a ser desvaiarada as contendas diplomáticas criadas com a China“, ponderou.

Dino lembrou que há, no Maranhão, negociações com as farmacêuticas Pfizer, a chinesa Sinopharm, além do Instituto Gamaleya, que produz o imunizante russo Sputnik V. Segundo Dino, o Comitê Científico que assessora o Consórcio Nordeste já tem acesso a documentos técnicos para liberar a vacina russa. Porém, a Anvisa ainda não marcou reunião para apreciar o conteúdo.

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Na sessão, Dino também destacou os números de internações de casos da Covid-19 no estado. Segundo o governador, com a queda dos casos do novo coronavírus, o Hospital Traumatológico Ortopédico (HTO) já poderá retomar a partir desta semana cirurgias de ombro e cotovelo, joelho, quadril, coluna, mão, pé e tornozelo, trauma e ortopediatria. Elas estavam suspensas em virtude da emergência de saúde do coronavírus.

O governador maranhenses criticou ainda as aglomerações do presidente Jair Bolsonaro durante o fim de semana, que passeou de moto e sem máscara pela Capital.

Nós sabemos que a diminuição objetiva de indicadores pode levar à impressão incorreta de que a pandemia foi embora“, ponderou Dino. Ele reforçou a necessidade de distanciamento social enquanto não houver uma vacinação em massa segura.

“O nosso ritmo de vacinação é muito aquém do necessário. Decisões equivocadas no segundo semestre de 2020 cobram o preço agora. Nós estamos vendo dificuldades objetivas no que se refere à produção de vacinas pela Fiocruz, que produz a AstraZeneca”, destacou.