O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência João Doria (PSDB) afirmou nesta terça-feira (22) que poderá “mais adiante” abrir mão de sua candidatura em nome da viabilidade de uma terceira via. O tucano afirmou que acredita que sua pré-candidatura, junto com a do ex-juiz Sergio Moro e a da senadora Simone Tebet (MDB) formam um “centro democrático” e que as três devem convergir para um único nome no futuro.
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A notícia da desistência de Dória atinge em cheio a pretensão da senadora maranhense, Eliziane Gama (Cidadania), de tentar ser vice na chapa do tucano. Sem decolar nas pesquisas e com rejeição acima de 60%, Doria se deu conta que suas chances numa corrida presidencial são mínimas.
O tucano participou de um evento promovido pelo banco BTG Pactual com investidores. A declaração foi dada após um questionamento sobre seu desempenho fraco nas pesquisas de intenção de voto, hoje na casa dos 2%.
“Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil”, disse o tucano.
O governador de São Paulo defendeu, no entanto, que as pré-candidaturas da chamada terceira via se mantenham por enquanto, “até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários”.
Doria disse ainda que, durante a campanha, quer mostrar a imagem do “João carinhoso” e não do político pró-enfrentamento que tem tido em meio às críticas que faz ao governo de Jair Bolsonaro. O governador afirma que as medidas de combate à pandemia que anunciou, como restrições de funcionamento a estabelecimentos comerciais e o uso de máscaras, influenciaram diretamente em sua popularidade baixa.