Uma carta enviada pela White Martins ao governo do Amazonas no dia 16 de julho de 2020 mostrou que o estoque de oxigênio fornecido pela empresa ao estado não suportaria um colapso na saúde pública, como aconteceu em janeiro de 2021. O documento foi discutido na sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (15), durante o depoimento do ex-secretário de saúde Marcellus Campelo.
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Em depoimento à CPI nesta quarta, o ex-secretário de saúde Marcellus Campelo disse que a possibilidade da falta de oxigênio no estado só foi notificada pela empresa no dia 7 de janeiro deste ano, mas que a própria White Martins afirmou que estava providenciando o envio de mais insumos vindos de Belém.
Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga afirmou que o problema do oxigênio não era apenas de janeiro, mas que o consumo vinha crescendo de forma exponencial no estado, desde julho, quando houve a primeira sinalização da empresa.
A crise do oxigênio afetou o Amazonas durante a segunda onda da pandemia da Covid-19, em janeiro deste ano. A capital já vivenciava um aumento progressivo no número de casos da doença desde dezembro, o que lotou os hospitais de referência em janeiro. Com o grande volume de internações, já não havia mais o insumo para os doentes que dependiam dele para seguir o tratamento.