O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em processo de mudança na Secretaria de Comunicação Social (Secom). Na manhã desta terça-feira, ele recebeu o ministro Paulo Pimenta, que será substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira. A troca deve ser oficialmente anunciada nos próximos dias, mas o processo de transição já está em andamento.
Na segunda-feira, Sidônio Palmeira esteve no Palácio do Planalto, acompanhado por membros de sua futura equipe, para reuniões na Secom. Embora ainda não tenha sido formalmente apresentado como o novo chefe da comunicação, Sidônio já começou a atuar de forma ativa. Ele também se reuniu com Paulo Pimenta para discutir os detalhes dessa transição.
- Parte do Congresso apoia blitz de Flávio Dino nas emendas e expõe os ‘donos’ do dinheiro
- Moraes vai impor ‘pena média’ de 20 anos por trama golpista, preveem defesas de investigados
O publicitário Thiago César, braço direito de Sidônio e provável futuro secretário-executivo da Secom, também participou das reuniões. Thiago tem experiência em campanhas políticas, como a do deputado Zé Neto (PT-BA) à prefeitura de Feira de Santana. Outro nome presente foi o publicitário Paulo Brito, que também deve integrar a nova equipe. Ambos trabalharam ao lado de Sidônio na campanha presidencial de Lula em 2022.
Sidônio Palmeira já vem influenciando decisões do governo, mesmo sem ocupar oficialmente o cargo. Ele participou, por exemplo, da elaboração da campanha de final de ano do governo, que trouxe o conceito “Todo dia a gente faz um Brasil melhor”. Ele também esteve envolvido em decisões estratégicas, como a criação do slogan “União e Reconstrução” e no planejamento de ações relacionadas à COP30.
Lula decidiu fazer essa mudança na comunicação como parte de sua estratégia para a segunda metade do mandato. A ideia é ter um contato mais próximo com um marqueteiro, como ele fazia em governos anteriores. Sidônio, publicitário experiente e com perfil voltado para estratégias de marketing, já trabalhou em campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e Rui Costa na Bahia, além de comandar a campanha presidencial de Lula em 2022.
A transição reflete o desejo de Lula de fortalecer a comunicação do governo, focando em resultados mais diretos e eficientes. Sidônio e Lula já têm uma boa relação de trabalho, marcada pela sintonia e pela experiência compartilhada em campanhas anteriores.