No Maranhão, o senador Weverton Rocha diz ser amigo de Lula, estampa ônibus e outdoors ao lado do ex-presidente. Já em Brasília, o senador é bolsonarista de corpo, alma e emendas. A identidade dupla do senador foi revelada pelo Foro de Teresina, um podcast de política da Revista Piauí.
Em debate sobre manobras usadas por deputados e senadores ligados ao Presidente, que estariam usando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para irrigarem suas emendas parlamentares por meio do orçamento secreto para beneficiarem as suas bases, surge o nome da empresa sediada em Imperatriz – MA, Engefort Construtora e Empreendimentos LTDA, como uma das principais vencedoras de licitações no Governo Bolsonaro.
Em seu comentário, a jornalista paulista Thaís Bilenky, associa o prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, como um dos principais aliados do senador Weverton Rocha, presidente do PDT do Maranhão. Fato, esse, que indica o crescimento da Engefort no cenário nacional e a ligação entre o senador pedetista e o “bolsonarismo”.
“Weverton Rocha trocou o Lula por Bolsonaro para disputar a eleição contra o Governador Carlos Brandão e faz parte do círculo de amizade de Flávio Bolsonaro e do bolsonarismo em Brasilia. No Maranhão ele não é declaradamente bolsonarista, mas em Brasília ele é perfeitamente bolsonarista”, disse Thaís Bilenky.
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Ainda segundo a jornalista, o município de Imperatriz teria saído do anonimato das emendas parlamentares, sendo beneficiada com quase R$ 14 milhões, enquanto a capital São Luís com apenas R$ 1,5 milhão.
Thaís Bilenky ainda citou a ligação entre Weverton Rocha e o senador Davi Alcolumbre, amigo íntimo pastor Gilmar Moura, chefe do esquema no MEC que derrubou o ministro Milton Ribeiro. Segundo ela, esse seria o motivo do pedetista ter tirado o seu nome do requerimento para a instalação da CPI que busca investigar os pastores lobistas do MEC.
Com informações do Blog do Matias Marinho*