O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Glalbert Cutrim (PDT), divulgou, com estardalhaço e com apoio do presidente Othelino Neto, o desembarque do seu partido do bloco governista para integrar uma aliança que, se não fará oposição, será mais independente. De acordo com o parlamentar, a nova formação conta com 19 deputados. 

Mas a realidade não é bem essa. 

Dos 19 parlamentares anunciados como integrantes do bloco, vários não seguirão o que diz o vice-presidente. É o caso dos companheiros de partido de Glalbert, Rafael Leitoa (PDT), Zito Rolim (PDT) e Cleide Coutinho (PDT), que já anunciaram que continuam governistas e irão apoiar o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), mesmo a sigla tendo a pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT). 

Deputados de outros partidos que foram contabilizados como integrantes do bloco, mas que provavelmente não seguirão as orientações oposicionistas dele, são Fábio Macedo (Republicanos) e Ariston Ribeiro (Republicanos). Leonardo Sá (PL) também não se enquadra no perfil do grupo anunciado por Glalbert Cutrim. 

Portanto, diferente do que o pedetista brada aos quatro cantos, o novo bloco integrado pelo PDT anda é longe de ter os 19 deputados anunciados, e conta com, no máximo, 13 parlamentares. 

E, comenta-se nos bastidores da política, que mais parlamentares pularão fora do ‘bloco fake’ de Glalbert e Othelino.