No mesmo dia em que imprensa nacional divulgou que Roberto Rocha é o candidato do presidente Jair Bolsonaro ao governo do Maranhão, a Polícia Federal deflagrou mais uma operação nos escritórios do deputado federal Josimar de Maranhãozinho e na prefeitura de Zé Doca, comandada pela sua irmã Josinha Cunha.
Leia: Blog diz que Josimar é alvo de operação da PF por desvio de dinheiro público
De acordo com em investigações que a PF já vinha conduzindo sobre o deputado, antes da deflagração deste caso, a relação de parentesco e ligações pessoais de Maranhãozinho com prefeitos e secretários municipais fazem parte do modus operandi para desvio de dinheiro em áreas como saúde e infraestrutura. A operação de hoje, segundo uma fonte, está relacionada à infraestrutura.
Ontem, Bolsonaro se filiou ao PL, mesmo partido de Josimar. O senador Roberto Rocha, muito próximo ao presidente, cogita tomar o comando estadual do partido das mãos de Maranhãozinho para ser o candidato ao Executivo Estadual do Planalto. O deputado federal é pré-candidato ao governo do Maranhão.
Envolto em investigações da Polícia Federal, Josimar pode perder a capacidade de viabilizar seu nome para concorrer ao Palácio dos Leões. Além disso, essas operações podem minar o nome do deputado dentro do seu próprio partido.
É aí que Roberto Rocha entraria.
Diante de tantas coincidências, a pergunta que não quer calar é: teria Bolsonaro alguma relação com a operação da Polícia Federal contra Maranhãozinho?
Essa briga pelo PL e pelo espólio de Bolsonaro no Maranhão promete agitar os bastidores da política estadual até o meio do ano que vem.