Aldo Rebelo (sem partido), ex-ministro da Defesa, participou de seminário organizado pelo instituto do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Boas na última sexta (19).

Na ocasião, Aldo afirmou que o uso de linguagem neutra é inaceitável, um “atentado à sociedade nacional”, e que se trata da tentativa de criar outra língua, inventar palavras para “impor à sociedade uma outra forma de expressão da cultura”.

Leia: Aldo Rebelo: o “acostamento” da terceira via está lotado

O ex-ministro ainda destacou que trata-se de algo importado e que não é um problema de gênero é a tradição, a cultura. “O que estão querendo fazer não é o uso das palavras existentes. É a criação de uma outra língua, de um outro idioma, porque estão inventando palavras que não existem na língua portuguesa. Não é o problema do gênero, é a tradição, a cultura”, afirmou o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff.

Para Aldo, o país mergulhou em um processo de desorientação quando a agenda do crescimento perdeu sentido diante da “agenda identitária e da guerra cultural”.

“Em 2011, 12, 13, 14, o Brasil mergulhou naquele movimento ‘Não Vai Ter Copa’, de sabotagem contra o Brasil, com setores desorientados da política, de tudo quanto é tendência. Nas ruas, um movimento pesado, difícil, e o país mergulha em um certo processo de desorientação, a agenda do desenvolvimento e do crescimento perde um pouco sentido em função de outras agendas: a agenda identitária, a agenda da guerra cultural, a agenda da fragmentação”, disse Rebelo, que também já foi ministro dos Esportes e da Ciência.

Segundo Rebelo, o maior risco que o Brasil enfrenta hoje, mais do que o econômico, é o risco de desintegração da sua identidade, de sua memória e de sua “mestiçagem”.

Leia a matéria completa aqui.