Foto: Gustavo Bezerra

Em entrevista ao Diário 98, o deputado federal José Guimarães (PT), vice-líder do Minoria na Câmara Federal, falou sobre a conjuntura política do Brasil e possíveis alianças do Partido do Trabalhadores para as próximas eleições. Além disso, destacou a responsabilidade do partido no enfrentamento às ameaças fascistas do governo Bolsonaro.

José Guimarães é cearense, advogado e está em seu quarto mandato de deputado federal. Ele é considerado um dos principais articuladores das alianças políticas do Partido do Trabalhadores no Nordeste e defensor da ampla frente democrática.

“Penso que se tem uma questão que é emergencial no Brasil é a constituição de uma ampla frente democrática.  O país está polarizado: de um lado a democracia, os que defendem valores humanistas, a paz no Brasil e do outro lado, os fascistas em torno de Bolsonaro. Essa é a verdadeira disputa”, enfatizou.

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Questionado sobre as alianças que o PT tem buscado estabelecer para 2022, Guimarães esclarece que o ex-presidente Lula tem conversado com todas as forças políticas visando construir e reconstruir o Brasil.

Para o deputado federal, o Partido dos Trabalhadores tem uma grande responsabilidade na reconstrução do Brasil e Lula o líder de uma ampla frente contra o Bolsonaro e o bolsonarismo no Brasil. 

Há possibilidade de uma aliança entre o PT e PSB em uma chapa majoritária nas próximas eleições?

O PT está trabalhando muito em articulação nacional com o PSB. Esses dois partidos têm compromisso com a democracia e, é por isso que nós estamos trabalhando fortemente para uma aliança nacional com o PSB e o PT.

Em segundo lugar, sobre essa questão da disputa no Maranhão, vamos conversar na hora certa. Quem lidera isso é o PT. Temos diálogo permanente com o governador Flávio Dino, com o senador do PDT, Weverton Rocha e evidentemente com o nosso partido no Maranhão. Na hora certa, eles saberão unificar o palanque no Maranhão para dar sustentação à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.

“O país está polarizado: de um lado a democracia, os que defendem valores humanistas, a paz no Brasil e do outro lado, os fascistas em torno de Bolsonaro. Essa é a verdadeira disputa”, pontuou.

A frente ampla é a única solução para polarização que existe no Brasil?

Penso que se tem uma questão que é emergencial no Brasil é a constituição de uma ampla frente democrática.  O país está polarizado: de um lado a democracia, os que defendem valores humanistas, a paz no Brasil e do outro lado, os fascistas em torno de Bolsonaro. Essa é a verdadeira disputa. O Lula vai liderar uma ampla frente, sem ódio e sem rancor, em defesa da democracia, da soberania e das discussões da República.

Lula tem conversado com partidos de diferentes vertentes ideológicas durante sua passagem pelo nordeste. Quais são as prioridades do PT na articulação de alianças?

O PT, evidentemente, através do Lula tem conversado amplamente com todas as forças políticas. Aqui no Ceará, o presidente Lula, além dos contatos com o PT e as forças de esquerda, conversou com o senador Tasso Jereissati do PSDB com o senador Cid Gomes e com o senador Eunício Oliveira. O Lula tem a responsabilidade de consertar o Brasil. Construir e reconstruir o Brasil exige compromisso com uma coisa: democracia.

“Nós estamos conscientes do tamanho da nossa responsabilidade enquanto petistas que somos e de sobretudo, colocar o Lula para liderar uma ampla frente democrática anti-Bolsonaro no Brasil”, frisou.

Recentemente o presidente Lula afirmou que “O Brasil precisa do PT”. Por que o PT é necessário?

O Brasil precisa do PT porque é esse partido que tem base social, militância e experiência de governo. Portanto, o Brasil e democracia nunca precisou tanto do PT como agora. Nós estamos conscientes do tamanho da nossa responsabilidade enquanto petistas que somos e de sobretudo, colocar o Lula para liderar uma ampla frente democrática anti-Bolsonaro no Brasil.