Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil é de 14,6%, isso representa que 14,8 milhões de pessoas estão buscando uma oportunidade no mercado de trabalho. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) e foram divulgados nesta sexta-feira (30).

Esta é a segunda maior taxa de desemprego registrada, a taxa recorde, de 14,7%, foi registrada nos dois trimestres anteriores, encerrados em março e abril.

O índice de ocupação segue abaixo de 50%, desde o trimestre terminado em maior do ano passado. Nesta edição da pesquisa ficou em 48,9%, ou seja, menos da metade da população em idade apta para trabalhar está ocupada no mercado de trabalho.

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A Pnad ainda apontou que cresceu o número de trabalhadores ocupados e desocupados, quando comparado com o trimestre terminado em fevereiro. O índice de ocupados aumentou em 0,9%, o que indica que 809 mil pessoas estão ocupadas no mercado de trabalho.

Esse aumento aconteceu graças aos trabalhadores por conta própria, a única categoria profissional que cresceu no período. Os trabalhadores por conta própria que tiveram a maior expansão, em um ano, entre a população ocupada.

“O crescimento do trabalho por conta própria se deu, sobretudo, na agricultura (27%), construção (25%) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (24%). Os outros 24% foram disseminados nas demais atividades investigadas pela PNAD Contínua”, detalhou a gerente da pesquisa.

Trabalho de carteira assinada cai 4,2%

Quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, o trabalho com carteira assinada no setor privado teve queda de 4,2%, ou seja, 1,3 milhão de trabalhadores a menos.

Por outro lado, os empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 6,4%, 586 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição.

As categorias de trabalhadores domésticos e de empregados no setor público, por sua vez, ficaram estáveis nas duas bases de comparação (trimestral e anual).

Trabalho informal cresce

Segundo a pesquisa, a taxa de informalidade no trimestre terminado em maio foi de 40%. São considerados como trabalhador informal aqueles empregados no setor privado sem carteira assinada, os trabalhadores domésticos sem carteira, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ e os trabalhadores que não têm remuneração.