O senador Ciro Nogueira, novo ministro da Casa Civil, é alvo de cobranças da Receita Federal que somam 17 milhões. De acordo com o jornal O Globo, os inquéritos que indicam os débitos foram registrados nos anos de 2017 e 2018. Um deles é referente ao suposto pagamento de propina de R$ 6,4 milhões pelas empresas empresas JBS e UTC, sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse caso os auditores argumentam que houve omissão dos rendimentos e cobram o recolhimento dos impostos correspondentes aos cofres públicos. O outro é relativo a transições financeiras de diversas empresas do senador e que não foram declaradas a Receita.
Ainda segundo o jornal, o ministro refuta as multas em procedimentos apresentados ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mas os procedimentos ainda não foram julgados. Nogueira é investigado na Operação Lava-Jato sobre o suposto recebimento de propina.
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O Fisco encontrou, após analisar as contas bancárias de Nogueira e suas empresas, uma série de depósitos em espécie sem a identificação da origem dos recursos e pagamentos de despesas com dinheiro vivo. Diante disso, as transações estão sob suspeita e indicam sonegação e lavagem de dinheiro.
Ainda foram identificados vinte depósitos em dinheiro vivo na conta do senador em 2014, totalizando cerca de R$ 60 mil. A Receita pediu esclarecimentos ao senador sobre a origem desses recursos, mas não recebeu resposta, conforme descrito no relatório.
Ministro da Casa Civil
Nesta quarta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro oficializou mais uma reforma ministerial. A nomeação de Ciro Nogueira, líder do Centrão, como ministro-chefe da Casa Civil , foi divulgada no Diário Oficial da União.