Lula e Sarney
Os ex-presidentes Lula e Sarney. Reprodução/ Twitter Lula

Reportagem desta sexta-feira (7) na Folha de S. Paulo relata um encontro esta semana em Brasília entre os ex-presidentes Lula (PT) e José Sarney (MDB). Segundo o jornal, o encontro entre ambos já era esperada, mas o fato só veio a público após uma foto dos dois ex-presidentes ter sido publicadas nas redes sociais.

Lula está em Brasília desde a última segunda (3) em uma série de encontros políticos e diplomatas. Além de ter recebido nomes do PT, Sarney e Kassab, o ex-presidente conversou com os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES), Jader Barbalho (MDB-PA) e Weverton Rocha (PDT-MA).

Segundo a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o encontro entre os ex-presidentes não teve nada a ver com a investida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que também procurou Sarney a fim de que o maranhense intervisse na escolha da relatoria da CPI da Covid, ao cargo do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A maioria das reuniões acontece no “bunker” que Lula montou em um hotel na região central da capital federal. Nesta sexta (7), ele ainda deve receber a bancada petista do DF.

Quem encontrou Lula por onde ele andou em Brasília atestou um ex-presidente disposto a apresentar ano que vem para além de um nome, mas um projeto. A marca do governo do petista de ter tirado milhões da pobreza foi lembrado como um ganho necessário para repensar um Brasil pós-pandemia.

Ele voltou.

Lula nas articulações para 2022

As conversas de Lula e do PT em Brasília passaram por definir futuras alianças com partidos nos estados. E terão três objetivos imediatos: 1) consolidar um nome do campo progressista para a disputa presidencial; 2) equilibrar as forças políticas em estado-chave e nas principais capitais; 3) consolidar a derrota de Bolsonaro, quem sabe já no primeiro.

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Paralelamente está no radar de Lula um fortalecimento do PSB no Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo (que deixaria o PSOL e iria ao PSB) e Alessandro Molon, visando uma cadeira do Senado. Em São Paulo a articulação passa pelo nome de Márcio França (PSB). Em Recife, comanda por João Campos (PSB), as arestas tendem a ser aparadas.

Também sobre o PSB, o partido deve receber o governador do Maranhão, Flávio Dino, que está avaliando a saída do PCdoB e deve bater o martelo em breve.