Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira comentou sobre a articulação de uma eventual federação com PT e demais partidos progressistas. “A situação exige que o PT escolha qual é a sua prioridade: se é disputar com o seu principal aliado, na esquerda, os governos estaduais, ou se é conquistar a Presidência da República. Nós estamos dispostos a colaborar com a eleição de Lula, mas também queremos que o PT esteja disposto a colaborar com as nossas candidaturas”, enfatizou.
Ao analisar os preparativos do PSB neste ano eleitoral, Siqueira afirma que o partido prosseguirá em dar continuidade às negociações em torno da campanha presidencial “porque o partido, muito provavelmente, vai apoiar o ex-presidente Lula”. Mas destacou que ainda não há nada concreto e ainda há um diálogo sobre a federação de partidos, que ainda não foi decidido se o PSB participará.
Quando questionado sobre o que mais atrapalha a formação da federação, o presidente nacional do PSB afirma que: “A federação entre partidos pequenos deve ser muito mais fácil de administrar. A federação entre partido grande e de médio para cima, como é o caso do PSB, se torna mais complexa, porque abrange um período de quatro anos, ou seja, pega uma eleição geral e uma municipal. Essa federação, as pessoas ainda não entenderam. Há regras gerais, que estão na lei, e específicas e muito burocráticas, que estão estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essas são as regras políticas, que vão determinar se a federação acontece ou não. As regras não estão ainda discutidas entre PSB, PT, PCdoB e PV”, pontua.
Ainda sobre as eleições deste ano, Siqueira revela que o estado do Maranhão está entre uma das prioridades do partido. ” São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre… E tem outros candidatos que poderão surgir, mas, até agora, nós colocamos na mesa esses cinco estados. Pode surgir, por exemplo, o Maranhão, onde o PSB, provavelmente, terá candidato também; pode surgir Alagoas”, esclarece.
Sobre o apoio ao ex-presidente Lula, Carlos Siqueira é categórico ao afirmar que dificilmente nós teremos uma situação que não seja o apoio à candidatura do ex-presidente Lula. ” A polarização no plano nacional está dada, muito dificilmente será quebrada, porque não apareceu ninguém que possa, até este momento, quebrá-la. Pregamos uma frente ampla, que não é apenas de esquerda. É preciso ter uma presença que vá para além da esquerda e, até agora, nem sequer a esquerda está unida em torno da candidatura de Lula. Espero que venha a ter e que não fique só na esquerda, que vá para o centro, porque não é necessário apenas ganhar a eleição. Há necessidade de governar”, disse.
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