A transparência passa longe das trincheiras do Exército brasileiro.
O Exército negou, nesta segunda-feira (7), acesso ao processo administrativo, já arquivado, sobre a participação do general da ativa, Eduardo Pazuello, em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
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Em resposta ao pedido formulado pelo jornal O Globo, o Exército respondeu que o processo contém informações pessoais e citou o dispositivo da Lei de Acesso à Informação (LAI) que garantiria, nessas situações, o sigilo por 100 anos.
No entanto, em vários casos semelhantes, a CGU (Controladoria Geral da União) determinou a entrega dos documentos considerando que os procedimentos administrativos só devem ficar sob segredo enquanto a apuração está em curso. Depois de concluído, qualquer cidadão pode requerer o acesso ao chamado PAD.
A participação de militares da ativa em atos político-partidários é proibida pelo Regulamento Disciplinar do Exército. Na ocasião, Pazuello compareceu a um ato com Bolsonaro e motociclistas dias após depor na CPI da Covid, do Senado. Em um carro de som, o ministro discursou para os presentes sem máscara, assim como os demais.