Duas decisões que pareciam simples se tornaram uma grande pedra no sapato do governador Carlos Brandão.

Aconselhado pelo seu irmão Marcus Brandão, conhecido por ser o todo-poderoso manda-chuva do governo, abriu guerra contra seu próprio secretário de Articulação Política, Rubens Pereira, confirmando a imagem de político nada confiável.

A Crise da Arapongagem não impactou apenas na saída da família Pereira de seu governo, mas acendeu o alerta para lideranças políticas de nível nacional e municipal, que passaram a desconfiar de Brandão como articulador político.

Depois, decidiu viajar para o Rio de Janeiro em agenda desconhecida e não informou ausência do Estado. Sumido do comando do Governo, viu à distância se agravar a maior crise de criminalidade na capital dos últimos anos. Longe e desatento as questões relevantes do Estado, deixou de comandar as forças policiais no controle das ações criminosas que inundaram São Luís.

Para completar, o sobrinho Orleans Brandão, recém elevado a condição de pré-candidato ao Governo por ser filho de Marcus Brandão, é flagrado na luxuosa ilha de Fernando de Noronha sem que tenha também informado sobre seu paradeiro.

Uma semana em que o Maranhão pôde ver em Brandão suas grandes falhas: um governador que não passa confiança, ausente e sem marcas, que deixa o Maranhão às moscas para beneficiar sua família.