A recente viagem do presidente Lula à China resultou na captação de mais de R$ 27 bilhões em investimentos para o Brasil. O Piauí saiu na frente: o governador Rafael Fonteles integrou a comitiva oficial e assinou um memorando de mais de R$ 3 bilhões com a estatal chinesa CGN Power, voltado a projetos de energia solar, eólica e armazenamento. As iniciativas devem gerar mais de 5 mil empregos e consolidar o estado como polo de energia limpa no país.

Enquanto isso, o Maranhão, governado por Carlos Brandão, não apresentou um único projeto. Nenhuma proposta foi levada, nenhum acordo foi articulado, nenhuma presença ativa nas negociações. O estado simplesmente ficou de fora de uma das agendas mais estratégicas do governo federal para atração de investimentos internacionais.

O silêncio do Maranhão contrasta com seu enorme potencial. O estado possui uma das maiores capacidades de geração de energia limpa do país, tem localização geográfica privilegiada, o maior complexo portuário da América Latina em volume de carga (Itaqui), linhas ferroviárias com acesso direto ao Cerrado e ao interior do Brasil, e um dos maiores litorais do país com possibilidade de exploração de energia eólica offshore.

Ficar de fora desse cenário de captação de investimentos não é apenas uma falha administrativa — é um prejuízo real, de impacto direto na economia, no emprego e no desenvolvimento regional. A ausência de projetos e articulação revela a falta de visão estratégica do governo estadual, que se contenta com a passividade enquanto outros estados do Nordeste disputam protagonismo global.

O Maranhão tem tudo para liderar, mas segue estagnado pela falta de ação. Enquanto o Piauí projeta o futuro com parcerias concretas, o Maranhão assiste — mais uma vez — o desenvolvimento passar ao lado.