O senador e pré-candidato ao governo do Maranhão, Weverton (PDT), voltou a ser citado na imprensa nacional por seu envolvimento em um esquema de fraudes nos dados do SUS e repasses do orçamento secreto para prefeituras maranhenses.
Nesta quinta-feira (14), em entrevista ao podcast O Assunto, do site G1, o jornalista Breno Pires, repórter que denunciou irregularidades no recebimento de recursos públicos oriundos do Orçamento Secreto em Prefeituras do Maranhão, voltou a citar o nome de Weverton no esquema.
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Em entrevista à Renata Lo Prete, que conduz o podcast, Breno relembrou a participação do pedetista e de um gestor maranhense no escândalo: o prefeito da cidade de Igarapé Grande, Erlanio Xavier, também do PDT. Erlanio é presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) e sócio de Weverton em um posto de gasolina.
Igarapé Grande em 2021 foi a cidade brasileira, entre capitais e interior, que mais recebeu recursos da saúde: R$ 590,00 por habitante, mas os serviços de saúde não existem na prática.
“É interessante ressaltar que o presidente da Câmara, Arthur Lira esteve lá [no Maranhão] em março. Teve uma reunião com a Famem, que é presidida pelo prefeito Erlânio Xavier, da cidade de Igarapé Grande, cidade com o maior valor per capita de emendas na saúde nos últimos anos no Brasil. Isso significa muito e ele é simplesmente sócio do senador Weverton Rocha, eles compraram recentemente um posto de gasolina no Maranhão”, aponta o jornalista.
Orçamento Secreto foi um mecanismo criado no governo Jair Bolsonaro (PL) para prospectar apoio no parlamento, em troca de recursos federais.
Parlamentares como Weverton Rocha estariam utilizando essa estratégia para conquistar apoio político eleitoral entre as prefeituras maranhenses, já que, ao forjarem os dados de atendimentos na área da saúde, os municípios ficam habilitados a receber as verbas do orçamento secreto, que blinda com o anonimato, os parlamentares que destinam o dinheiro irregular.
Na reportagem veiculada pela Revista Piauí, Weverton Rocha foi citado como “político bastante influente no circuito das prefeituras dos dados-fantasmas”.
Do Domingos Costa*