Correios Bira do Pindaré
O deputado federal Bira do Pindaré (PSB-MA) – (Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)

Deputados federais têm ocupado a tribuna da Câmara dos Deputados para cobrar investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro. Em áudios vazados na imprensa, o ministro teria afirmado que prioriza a liberação de recursos a prefeituras indicadas por pastores aliados do governo – Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia.

Leia também: Prefeito de Luís Domingues (MA) diz que pastor pediu 1Kg de ouro para liberar dinheiro do MEC

O líder do PSB, deputado Bira do Pindaré (MA), afirmou que o partido ingressou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a investigação da aplicação dos recursos do Ministério da Educação pelo ministro Milton Ribeiro.

O Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), que deveria estar sendo utilizado para garantir a infraestrutura das escolas, está sendo aparelhado para garantir as condições para o governo Bolsonaro se submeter ao processo eleitoral, o que é muito grave”, disse.

Para o líder oposicionista, no entanto, Milton Ribeiro deveria ser afastado do cargo para que os gastos sejam investigados. “O ministro Milton Ribeiro perdeu as condições morais para continuar mandando nesse Ministério tão importante do Brasil. A nossa representação vai ao TCU e nós vamos até o final contra esse aparelhamento politiqueiro”, disse.

Pelas redes sociais, o ministro Milton Ribeiro afirmou que “a alocação de recursos ocorre segundo legislação orçamentária bem como critérios técnicos do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE)” e que “não há nenhuma possibilidade” de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado.

Por sua vez, o líder da Minoria, Alencar Santana Braga (PT-SP), disse que as condutas deveriam ser investigadas pela Procuradoria-Geral da União (PGR). “O presidente Bolsonaro praticou crime de improbidade, crime de advocacia administrativa, ao defender o interesse privado perante a administração pública. Assim como o ministro e os pastores citados.”

Com informações da Agência Câmara