O Governo do Maranhão lançou o Programa Educação de Verdade, com foco em três eixos: reforço da alimentação escolar, aumento do repasse para transporte escolar e entrega de equipamentos tecnológicos a alunos e professores da rede estadual.

Segundo a divulgação oficial, o eixo “Refeição de Verdade, para Mentes Brilhantes” garante alimentação balanceada durante os 200 dias letivos, com cardápios adaptados a cada turno. O “Transporte Escolar de Verdade” eleva o repasse aos municípios de R$ 200 para R$ 997,50 por aluno, e o eixo tecnológico prevê a distribuição de tablets para todos os 247.180 alunos e notebooks para os professores.

Apesar da apresentação como novidade, parte das ações já existia no estado desde 8 de novembro de 2017, quando foi criado o Mais Alimentação Escolar pelo então governador Flávio Dino. Naquele lançamento, o programa atendia mais de 350 mil estudantes com itens como arroz, feijão, macarrão, verduras e frutas, integrando a merenda escolar com um investimento de R$ 8 milhões.

Na prática, o novo programa repete políticas já implantadas anteriormente, especialmente no campo da alimentação escolar, agora com menor número de beneficiados. A diferença está na inclusão de ações voltadas para tecnologia e na ampliação do repasse para transporte.

O histórico mostra que, embora haja ajustes e novos componentes, a base da política de alimentação escolar já está presente há oito anos.

E é aí que mora a contradição: Brandão vende como revolução o que, na verdade, é um requentado da gestão passada, só que servido em porções menores. O prato principal continua sendo arroz com feijão, mas com muito mais marketing que sustança. No cardápio da educação maranhense, o tempero mudou, mas a receita é velha.