
Mávio Rocha, advogado e suplente de deputado estadual (PCdoB)
Lula e o Partido dos Trabalhadores abandonam a dependência de alianças pontuais no Senado e articulam palanques próprios e fiéis em cada estado, com destaque para o Nordeste.
Lula e o PT decidiram mudar de estratégia eleitoral: estão estruturando palanques lulistas específicos em todos os estados, sem depender exclusivamente de senadores, que, sozinhos, não garantem base popular nem palanque forte.
Exemplos no Nordeste:
• Bahia: Jerônimo Rodrigues no governo, amparado por dois senadores petistas.
• Pernambuco: João Campos (PSB) como aliado; Humberto Costa, Silvio Filho ou Marília Arraes fortalecem o Senado.
• Ceará: Elmano de Freitas (PT) segura o palanque lulista.
• Piauí: Rafael Fonteles (PT) faz o trabalho de base.
• Rio Grande do Norte: Cadu Xavier (PT) saiu de 2% para 17% e já empata com Rogério Marinho; conta com o peso da senadora Fátima Bezerra (PT).
• Alagoas: Renan Filho governa com o respaldo de Renan Calheiros no Senado.
• Paraíba: Adriano Galdino, presidente da Assembleia e lulista declarado, foi convidado para disputar o governo; pode migrar para PV ou PDT. O governador João Azevêdo (PSB) deve sair ao Senado, indicando Lucas Ribeiro (atual vice) para sucedê-lo. Veneziano Vital do Rêgo é lulista, mas se aproxima de um nome do PSD.
• Sergipe: Edvaldo Nogueira, ex-prefeito de Aracaju (ex-PCdoB, hoje PDT), pode disputar o governo. Rogério Carvalho busca a reeleição ao Senado pelo PT.
• Maranhão: Lula terá palanque próprio. O nome mais viável é Felipe Camarão (atual vice-governador), lulista histórico e conhecido pela gestão na Educação no governo Flávio Dino. Se não for Camarão, será outro nome que assuma publicamente a defesa de Lula presidente. Orleans Brandão e Eduardo Braide não querem nacionalizar seus palanques, por isso, Lula terá candidatura própria no estado.
A disputa presidencial será nacionalizada apenas por dois partidos: PT e PL. O resto vai tentar sobreviver em disputas regionais, mas sem projeto nacional claro.