A pesquisa Luneta, realizada em maio de 2025, aponta Carlos Brandão e Weverton Rocha como os dois nomes mais bem posicionados na disputa pelas duas cadeiras do Senado Federal em jogo no Maranhão nas eleições de 2026. Weverton aparece com 16,12% das intenções de voto como primeira opção, seguido de Brandão com 13,86%. Quando se somam os votos de primeira e segunda opção, os dois continuam na dianteira: Brandão alcança 21,12% e Weverton chega a 23,63%, consolidando-se como os principais nomes do campo governista e do campo progressista no estado.
Essa configuração atende diretamente a uma estratégia já em curso no núcleo político que sustenta o governo federal. A prioridade do campo democrático-popular para 2026 é garantir dois senadores aliados por estado, como forma de conter o avanço da extrema-direita no Senado e de assegurar uma base de sustentação parlamentar para o próximo mandato presidencial. A disputa por essa composição majoritária no Maranhão, portanto, vai além de interesses locais — tem repercussão direta na correlação de forças nacional.
Nesse cenário, o Maranhão se apresenta como um dos estados com maior viabilidade para entregar duas vagas ao campo progressista, e os dados da pesquisa confirmam isso. Weverton Rocha, que já disputou o governo em 2022 e mantém uma presença constante na cena política estadual, segue como uma liderança com recall elevado. Carlos Brandão, por sua vez, aparece com força tanto pela visibilidade de seu atual mandato quanto pela capilaridade que construiu ao longo dos últimos anos.
Caso Brandão confirme sua candidatura ao Senado, o arranjo político estadual também ganha clareza. Com sua saída do governo, Felipe Camarão, atual vice-governador e nome do PT, assumiria o comando do Estado e passaria a disputar a reeleição a partir da cadeira de governador. Essa movimentação fortalece a unidade interna do grupo governista, evita fragmentações e reforça o alinhamento com a estratégia nacional conduzida pelo presidente Lula.
Ao liderarem as intenções de voto tanto no primeiro quanto no segundo voto, Brandão e Weverton confirmam que têm densidade eleitoral, projeção nacional e capacidade de representar o Maranhão com protagonismo no Senado. Viabilizar essa chapa dupla, portanto, não é apenas uma escolha partidária — é uma resposta política à necessidade de reconstrução institucional do país e de defesa do projeto democrático.
O Maranhão pode ter um papel decisivo na composição do próximo Senado. E os dados mostram que há caminho viável para isso, desde que haja unidade e estratégia.