O deputado federal Aluísio Mendes , presidente estadual dos Republicanos no Maranhão, anunciou seu rompimento com a candidata à prefeita de Imperatriz, Mariana Carvalho , que também pertence ao seu partido. O anúncio foi feito apenas dois dias antes do segundo turno na cidade, onde Mariana enfrenta o candidato apoiado pelo palácio dos Leões Rildo Amaral (PP).

Segundo Aluísio, o rompimento foi motivado pela aliança firmada entre Mariana e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), a quem ele se referiu, mais uma vez, como parte de uma “organização criminosa”. Maranhãozinho já havia sido alvo de duras críticas de Aluísio em outras oportunidades, sendo chamado publicamente de “bandido” pelo presidente dos Republicanos. O deputado é investigado pela Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos públicos, embora nunca tenha sido julgado ou condenado. Recentemente, ele também tem enfrentado resistência dentro do próprio PL, conduzidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Aluísio Mendes destacou que os valores que consideram fundamentais, como “gratidão, lealdade e caráter”, foram ignorados pela candidatura. “Ela optou por se aliar a um grupo político que eu considero uma organização criminosa e contra o qual luto há 14 anos no Maranhão. Não posso mais fazer parte desse projeto”, declarou o deputado, marcando sua posição firme contra a aliança entre Mariana Carvalho e Josimar.

O rompimento causa um grande impacto, especialmente por acontecer na reta final do segundo turno. Mariana Carvalho havia conquistado o apoio de Eduardo Braide , prefeito reeleito de São Luís, o que fortaleceu sua candidatura. No entanto, com a perda de apoio da liderança do próprio partido, a situação da sua campanha se complica.

Esse episódio desencadeia uma crise interna nos Republicanos , que pode passar por mudanças significativas após o encerramento do processo eleitoral. A decisão de Aluísio Mendes, além de fragilizar a candidatura de Mariana, pode repercutir nas estruturas partidárias estaduais, aprofundando o racha entre diferentes correntes políticas.