Conforme divulgado em primeira mão pelo Portal Diário 98, a participação de Abigail Cunha, secretária de estado da mulher, em um palanque de apoio a Cirineu Costa gerou fortes manifestações de movimentos feministas, em um evento realizado na cidade de Formosa da Serra Negra, ignorando o fato de que ele foi condenado a 10 anos de reclusão por crime de violência de vulnerabilidade, conforme o Artigo 217-A do Código Penal. A candidatura de Costa foi indeferida pela Justiça Eleitoral, sendo substituída pela vereadora Juceni.

Uma Nota de Repúdio emitida pelo Fórum Maranhense de Mulheres e pelo Fórum de Mulheres de Imperatriz e Região Tocantina expressa indignação com a postura da secretária, apontando a contradição de uma figura pública, responsável por zelar pelos direitos das mulheres, apoiar publicamente uma figura politica condenada por um crime de extrema gravidade contra uma criança. Para as organizações, essa atitude exige a substituição da Secretaria de Estado da Mulher e maior compromisso com a proteção e promoção dos direitos das mulheres.

As lideranças femininas envolvidas no manifesto expressaram indignação com o ocorrido, classificando o episódio como “inaceitável” e cobrando providências do governo estadual, incluindo a exoneração imediata de Abigail Cunha do cargo de segurança. A nota argumenta que a presença da deputada à frente da Secretaria de Estado da Mulher é “insustentável”, visto que a função da pasta é promover e proteger os direitos das mulheres, e não endossá-los.

Nota na integra dos Movimentos Feministas

O caso gerou grande repercussão no movimento em defesa dos direitos das mulheres em todo o estado do Maranhão, alimentando o debate sobre a ética na política e o papel das figuras públicas em posições de liderança. A crítica central das organizações feministas reside no fato de que apoiar politicamente um condenado por estupro não só vai contra os princípios da luta pelos direitos das mulheres, como também reforçar uma visão deturpada de que a política serve para interesses particulares, em detrimento da defesa dos direitos da população.

Até o momento, o governo do Maranhão não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de exoneração, mas a pressão das entidades e a opinião pública crescem, e novos desdobramentos podem surgir nos próximos dias.

A pergunta que fica é: o governo Brandão ficará conhecido por acolher condenados por estupro?