A recente impugnação da candidatura a reeleição de Cirineu Rodrigues Costa, prefeito de Formosa da Serra Negra, Maranhão, trouxe à tona uma série de questões. Diante da impedimento, Cirineu indicou a como sua substituta no pleito a vereadora Juceni, sua aliada de longa data, mantendo seu grupo político ativo na disputa. Destaca-se que o ex-candidato foi condenado a 10 anos de prisão por estupro de vulnerável, após abusar sexualmente de forma continua de uma criança de 12 anos. O mesmo recebeu apoio da atual secretária de Estado de Políticas para Mulheres e deputada estadual do Maranhão, Abigail Cunha.

Parte da condenação de Cirineu

A decisão de apoio a Cirineu, mesmo após a denúncia e condenação, gerou um mal-estar. Abigail, que já foi acusada de racismo por postagens em suas redes sociais, parece ter abraçado uma política de “vale tudo”, apoiando abertamente um homem condenado por crimes sexuais.

Esse apoio levanta questões profundas sobre a coerência da gestão pública e o papel de uma secretaria que, em tese, deveria defender os direitos das mulheres. Como pode a Secretária de Políticas para Mulheres apoiar um político condenado por estupro? O silêncio sobre esse assunto reflete a dualidade da política maranhense, onde interesses eleitorais muitas vezes se sobrepõem à moralidade e à justiça.

A trajetória política de Cirineu, manchada pela condenação por estupro, agora ganha um novo capítulo, com suas substituições políticas e o controverso apoio de Abigail. Seria esse o retrato da política onde qualquer apoio é válido, independentemente dos crimes cometidos? Para os cidadãos de Formosa da Serra Negra resta o questionamento: até onde vai o limite ético de quem ocupa cargas públicas e busca o poder a qualquer custo?