Edson Cláudio, secretário de Finanças de Alcântara desde 1º de janeiro de 2021, tornou-se peça central nas engrenagens administrativas do município. Sua atuação discreta, porém determinante, se estende desde a gestão do falecido Padre William, quando já era responsável por todos os pagamentos da prefeitura. Após a morte do Padre, seu irmão Nivaldo Araújo, que era vice-prefeito, assumiu a prefeitura, e Edson Cláudio consolidou seu papel como o “supersecretário” da gestão, comandando as finanças de forma quase absoluta.
Sob o comando de Edson, as finanças de Alcântara permanecem envoltas em mistério. A falta de transparência e a ausência de prestação de contas claras sobre os pagamentos e ações financeiras têm sido uma marca da gestão “Novos Rumos”, alimentando críticas de adversários e moradores. Para muitos, a administração tem sido gerida como um feudo familiar, com os irmãos Araújo monopolizando as decisões estratégicas e administrativas, enquanto parentes e aliados ocupam cargos-chave, reforçando o caráter de uma gestão que prioriza laços familiares em detrimento do interesse público.
As pressões políticas e a rede de intrigas que se formaram desde a ascensão dos irmãos ao poder refletem um cenário de disputa por espaço e influência. Desde a aliança com o valoroso Padre William, os irmãos Araújo têm consolidado sua presença na administração municipal, acumulando poder e cargos estratégicos. Contudo, essa concentração de poder não passou despercebida pela população, que questiona a falta de transparência e os métodos usados pela gestão para se perpetuar no controle da prefeitura.
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Esta semana, um sinal claro de insatisfação com os rumos da administração surgiu quando a irmã do Padre William declarou publicamente seu apoio ao candidato Anderson Wilker, reforçando o desejo de mudança e rompimento com o grupo que ela mesma ajudou a consolidar ao lado do falecido padre. Para muitos, esse apoio é uma tentativa de livrar Alcântara da influência que o grupo Araújo vem exercendo, o que é visto como um exemplo de nepotismo e controle familiar.
No centro dessa teia de poder, Edson Cláudio mantém sua posição estratégica. Apesar de sua capacidade de administrar as finanças com habilidade, sua gestão é frequentemente criticada pela falta de transparência e pela maneira como mantém os detalhes financeiros da prefeitura longe dos olhos da população. Segundo rumores, caso o grupo Araújo perca as eleições, Edson poderá se ver em uma situação difícil, já que ele detém informações valiosas sobre os bastidores da gestão e sobre os recursos movimentados ao longo de sua administração.
A eleição que se aproxima coloca a gestão “Novos Rumos” e Edson Cláudio sob os holofotes, e o futuro do município pode significar uma reviravolta no controle político que os irmãos Araújo estabeleceram desde que se aliaram ao falecido Padre William. Com tantas dúvidas sobre a transparência e as reais intenções da administração, a população de Alcântara anseia por respostas e por um novo capítulo que traga mais clareza e equidade na gestão pública.