O senador eleito pelo Maranhão e ex-governador Flavio Dino(PSB) é o entrevistado desta semana das tradicionais páginas amarelas da revista VEJA. A publicação afirma que o maranhense “é hoje um dos mais influentes conselheiros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva”.
Cotado para assumir o Ministério da Justiça, hoje na equipe de transição do governo responsável por coordenar o grupo de trabalho de Justiça e Segurança Pública.
Ao ser questionado sobre as dificuldades da transição , Dino fala ao jornalista Sergio Quintella que ainda existem setores que não aceitam os resultados da eleição agindo assim de formal ilegal e criminoso em relação ao novo governo. “temos alguns setores políticos, sociais, empresariais e institucionais que não querem aceitar o resultado das eleições e fazem um combate ilegal e criminoso em relação ao novo governo”. E completa afirmando que que é preciso agir de forma rápida “A primeira delas diz respeito ao cumprimento da lei por todos. Há pessoas que estão praticando, de forma flagrante, crimes tipificados no Código Penal. É um dever do atual governo enfrentar a situação, mas se até o dia 1º de janeiro isso não ocorrer, a nova gestão terá de atuar para, por exemplo, colocar fim aos cercos ilegais aos quartéis do Exército. O primeiro passo é garantir as leis.”
Leia também : Flávio Dino defende devolução de armamentos de grosso calibre com a revogação de decretos assinados por Bolsonaro
Ainda sobre a transição de Governo o ex-governador relata falta de diálogo e tentativas de tumultuar o processo por conta do atual governo, com ações através do Gabinete de Segurança Institucional, GSI, que tem General Heleno como mandatário ” No momento em que temos um presidente recluso há duas semanas, houve uma estranha tentativa de ocupação do prédio de transição pelos agentes do general Augusto Heleno, que não se notabiliza pela educação e pelo bom senso. Muito recentemente, ele deu declaração desejando uma doença grave ao presidente Lula. Felizmente, ele não tem credibilidade”.
Sobre a promessa de Lula da criação do Ministério da Segurança Publica, o que desmembraria parte da estrutura do Ministério da Justiça, “A minha posição é conhecida e deriva da minha atuação como juiz criminal durante doze anos. Não existe política pública de segurança se você fracionar a atuação dos instrumentos que são imprescindíveis. Eu me refiro ao Judiciário, à polícia, ao Ministério Público. Se vai cuidar de segurança na Amazônia, por exemplo, tem de levar em conta essas e outras instituições. Quanto maior a integração, melhor.”
Por fim Flavio Dino afirma que Lula irá garantir a manutenção da frente ampla e fará um governo plural, mas porém antes é preciso que as armas sejam abaixadas e os convites de dialogo sejam aceitos “Manter a frente ampla. No momento em que ele assegura esse conceito, dá a prova de que queremos fazer um governo inclusivo, plural, que funcione e não seja unilateralista. Esse é o principal gesto. Agora, é preciso dizer que esperamos sinalizações dos outros. Só é possível fazer uma concertação nacional se os convidados aceitarem o convite que Lula tem feito. Esperamos uma deposição de armas, literal e simbolicamente.’
A entrevista na íntegra esta disponível em VEJA.