O governador Carlos Brandão falou ao jornal Folha de São Paulo sobre a conjuntura política do Maranhão, o segundo turno das eleições e foi categórico ao afirmar que a chave para ampliar a margem de vitória do ex-presidente Lula no Maranhão é não deixar a mobilização esfriar.

Ainda nesse sentido, Brandão afirmou que é possível que o número de votos no petista cresça ainda mais neste segundo turno. “Acho que o Lula cresce um pouquinho mais. E a gente não vê movimento deles [bolsonaristas] aqui. Teve a presença da primeira-dama e do próprio Bolsonaro, que veio num evento fechado, pequeno. Aqui é um estado muito lulista”, pontuou.

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Quanto à base política do grupo Dino e Brandão no estado, o governador esclarece que durante as eleições foi construída uma grande base e que apesar do PL ter feito um acordo com o senador Weverton durante as eleições, o partido não pretende fechar oposição na Alema. “O pessoal aqui é muito governo, não quer ficar contra (…) A questão do partido é mais para disputar a eleição, não tem essa ideologia, se é esquerda, direita. A sigla não pesa muito, não”, enfatizou.

Ainda sobre a realidade política do Maranhão, o governador reeleito afirmou que os opositores não serão discriminados. “Acabou a eleição, o palanque está desmontado. Estou aberto aqui no Palácio dos Leões [sede do governo] para receber qualquer deputado”, disse.

Brandão ainda destacou que sua prioridade é o Maranhão e defender os interesses do povo maranhense. “Nesse momento a gente tem que partir para um lado que restabeleça a democracia. O melhor caminho era me filiar ao PSB, era o partido que apresentava a melhor conjuntura. Estamos defendendo a bandeira da esquerda porque entendemos que é o melhor caminho para o Brasil.”, prosseguiu.

Ao ser questionado se teme pela democracia caso Bolsonaro seja eleito, Carlos Brandão foi pontual ao afirmar que alguns gestos do presidente geraram preocupação ao longo desses últimos quatro anos, tais como o Enfrentamento ao Congresso e ao Supremo. “A gente tem de ter os Poderes de forma harmônica e independente. É isso que é direita? Se for eu estou fora. Não vejo muita pré-disposição de mudança. Até pelo jeito, pelo temperamento. Não vejo ele como um líder de diálogo. A gente tem que desarmar o palanque”, finalizou.

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