Erlânio solta notas mentirosas na tentativa de proteger secretária municipal de saúde
Erlânio solta notas mentirosas na tentativa de proteger secretária municipal de saúde

O prefeito de Igarapé Grande Erlânio Xavier trocou a mentira pela omissão ao modificar nota pública a respeito da operação da PF, que investiga o uso do orçamento secreto para desviar recursos do SUS destinados ao município que administra. No frigir dos ovos, as duas são mentirosas.

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No primeiro comunicado publicado em blogs, ele afirma que ”nenhum funcionário da prefeitura de Igarapé Grande foi detido ou autuado. Apenas a secretária de saúde do município prestou esclarecimentos…”.

Ns segunda nota veiculada horas depois ele já diz que “nenhum servidor efetivo ou comissionado da prefeitura de Igarapé Grande foi detido ou preso na citada operação. A secretária de Saúde e o ex-secretário estão prestando às autoridades os devidos esclarecimentos acerca dos recursos oriundos de emendas parlamentares”.

Na primeira ele mente, porque o juiz federal Deomar da Assenção Arouche Júnior decretou o afastamento por 180 dias da secretaria municipal de saúde, da secretária Raquel Inácia Evangelista, e os sequestros de bens tanto dela quanto do ex-secretário Domingos Vinícius de Araújo Santos.

“A suspensão da função pública foi requerida em face de RAQUEL INÁCIA
EVANGELISTA (Secretária de Saúde do Município de Igarapé Grande/MA). Revela-se urgente a aplicação da medida, considerando a conveniência de promover a interrupção das supostas práticas delitivas, sendo temerário que a requerida permaneça no cargo ou contrate pelo poder público, em face do risco de comprometer a efetivação do interesse público e violar a moralidade administrativa”, diz trecho da decisão.

Na segunda nota ele omite tudo isso e apenas diz que o ex-secretário e a atual estavam prestando esclarecimentos.

No entanto, Erlânio mente ao iniciar a presente nota afirmando desconhecer “o inteiro tordo processo judicial que, segundo consta(sic)., corre em segredo de justiça”.

O segredo de Justiça não impede que as partes tenham acesso ao processo, o que não significa acesso as operações em andamento. O que seria uma incongruência.

Em todo caso ele não pode alegar desconhecimento, pois no mês de agosto, o MPF deferiu o eu pedido de acesso às investigações levadas a termo pelos órgãos de controle no município de Igarapé.

Na documentação, consta inclusive os relatórios da Controladoria-Geral da União que sustenta a operação da PF.