Em entrevista à Folha de São Paulo, o senador eleito com 2.125.811 de votos válidos, Flávio Dino (PSB), afirmou que o resultado do primeiro turno das eleições não rompe o favoritismo de Lula. Sobre o Nordeste, em especial, Dino afirma que é preciso ampliar o desempenho de Lula na região e buscar votos do centro e da centro-direita.
“Também tem que mostrar o comprometimento com a agenda da família, da liberdade religiosa, isso deve ser enfatizado, porque é verdadeiro. Lula não coagiu igrejas.”
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Quanto ao resultado de Bolsonaro e da extrema direita nas urnas, Flávio Dino avalia que há uma tendência de fortalecimento deste campo político no plano e que caso Bolsonaro vença as eleições, será ainda mais difícil. “ Os segundos mandatos de protoditadores tendem a ser ainda mais nocivos, ainda mais agressivos”, pontuou.
Dentre as vantagens de Lula neste segundo turno, Dino aponta que por ser um político muito conhecido, a sociedade já mensurou os aspectos positivos e negativos do ex-presidente e por isso é muito difícil gerar um fato novo negativo contra o petista. “A trajetória dele é absolutamente conhecida por 100% do povo”, enfatizou.
No que diz respeito à economia, Dino destaca que a figura de Geraldo Alckmin e a de Lula são garantias que o governo petista irá proteger e ainda estimular a livre iniciativa. “Lula é mais amigo do mercado do que o governo Bolsonaro”, prosseguiu.
Quanto à possibilidade de governar sem as emendas ao relator, Dino foi categórico ao afirmar que Lula irá construir uma maioria parlamentar partilhando o poder e que haverá agregação de forças parlamentares. “Vamos ter que governar com partidos à direita do nosso campo. Eles conseguiram votos, o que enriquece e legitima melhor o sistema representativo”, detalhou.
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