Desde que a revista Piauí divulgou uma reportagem sobre um suposto esquema de corrupção de verbas do SUS via Orçamento Secreto, o senador Weverton Rocha é empurrado para o centro do escândalo, já que é apontado pela revista como um “político bastante influente no circuito das prefeituras dos dados-fantasmas”.
Já não bastasse a relação de Weverton na trama que envolve o escoamento de recursos federais no Maranhão, a revista Piauí também dá indícios do envolvimento de Roberto Rocha no modus operandi do envio de emendas ao relator.
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Conforme aponta a revista, em março deste ano, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, foi o convidado de honra em um encontro organizado pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), em São Luís. Participaram do evento vários prefeitos citados nos dados superfaturados do SUS: Erlânio Xavier (PDT), de Igarapé Grande, Luciano Genésio (PP), prefeito de Pinheiro e Vanessa Maia de Pedreiras.
Além dos prefeitos, também participaram do evento os senadores Roberto Rocha (PTB-MA), Weverton Rocha (PDT) e o deputado Juscelino Filho (União-MA), um parlamentar tão próximo de Lira que ganhou o cargo de relator do orçamento de 2021.
Lira falou diretamente aos seus aliados e destacou a articulação de Weverton com os prefeitos:
“Essa reunião aqui vai acontecer justamente para que a gente possa discutir um pouco com os prefeitos do Maranhão, para fazer essa interface que o Weverton sempre faz, que a gente tem que estar sempre se comunicando, sempre tem que estar aberto ao diálogo, sempre tem que estar sensível às pautas e saber medir as ações, para que a Casa de Leis que é o Congresso Nacional, tanto o Senado como a Câmara, possam acertar mais do que errar, contribuir mais do que atrapalhar”, disse.
Mas contribuir exatamente com o quê?