O ex-governador Flávio Dino disse que se for eleito senador pelo Maranhão, lutará para acabar com o orçamento secreto. “Isso é inconstitucional. Se tiver a honra de chegar ao Senado, por isso lutarei: pelo fim imediato dessa imoralidade”, afirmou.
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De acordo com o jornal O Globo, o governo federal liberou em dois dias, logo após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, R$ 3,2 bilhões do chamado orçamento secreto, mecanismo utilizado pelo Palácio do Planalto para contemplar parlamentares aliados em troca de apoio político. O número equivale a 20% do total previsto para este ano.
Após a prisão de Milton Ribeiro pela Polícia Federal no dia 22 de junho, o governo fez duas grandes liberações de recursos: no dia 23, empenhou R$ 1,7 bilhão. No dia seguinte, R$ 1,5 bilhão. Apenas no dia 15 de junho houve uma liberação maior: R$ 1,8 bilhão. Nesse dia, o governo aprovou no Congresso a proposta que estabelece um teto do ICMS para combustíveis, projeto patrocinado pelo Palácio para tentar diminuir o preço da gasolina e do diesel.
Ao todo, o governo empenhou neste ano R$ 5,8 bilhões dos R$ 16 bilhões previstos. Mas líderes de bancada estão pressionando os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), para enviar todos os pedidos de emendas de relator ao governo antes do prazo final para os pagamentos, que vence no dia 2 de julho. A partir desta data, devido à eleição, a União não pode mais pagar emendas. A retomada dos empenhos só será permitida em novembro, depois do pleito.
Do Blog John Cutrim*