Reportagem da Folha escancara caos no transporte público de São Luís e incompetência de Braide
Reportagem da Folha escancara caos no transporte público de São Luís e incompetência de Braide. Foto: Reprodução

Uma reportagem da Folha de S. Paulo denunciou o caos do transporte público de São Luís e a luta diária que a população enfrenta para trabalhar diariamente. “A São Luís (MA) que acordou no fim da madrugada, à margem esquerda do rio Bacanga, ainda tenta embarcar para o trabalho em ônibus velhos, cheios, escassos e com intervalos irregulares. Eles cruzam bairros como Anjo da Guarda, Vila Embratel, Gapara e Sá Viana e se espalham pela cidade”, detalha a reportagem.

Enquanto isso, veículos particulares e mototáxis passam em frente aos pontos disputando os passageiros abandonados pelo transporte oficial. É a resposta “alternativa” — ou clandestina, mesmo — aos buracos deixados pela administração de Eduardo Braide no atendimento à população.

De acordo com a Folha, São Luís é uma das capitais com muitas dificuldades para atingir a mobilidade sustentável num prazo razoável.
As condições das vias e do transporte coletivo empurram passageiros diante da busca por alternativa. O transporte oficial custa R$ 3,90. O clandestino, R$ 5. A mão direita do motorista no volante e a esquerda para fora do carro, com indicador levantado, mostra que se trata de um “carrinho” passando pelo ponto.

A frequência desta modalidade de transporte é grande em regiões como o Anel Viário. A prefeitura diz que fiscaliza essa irregularidade. Mas, durante a reportagem, não foram vistos fiscais ou abordagens.

Infraestrutura

A reportagem ainda retrata a infraestrutura precária do terminal de passagem localizado no Anel Viário: “Um terminal de passagem no centro da cidade é usado sem qualquer condição de segurança pela população. Quem espera diz que ele chegou a ser entregue em algum momento, mas ainda passa por reformas. O pavimento é um catálogo de poças de lama de diversas profundidades”. O local serve a tudo, de ônibus municipais a atalho para veículos particulares. Passageiros se aglomeram na ponta da plataforma para descobrir qual coletivo irá passar e correm atrás para pegar a condução “no laço”.

Greves

Entre os anos de 2021 e 2022 houveram duas greves de ônibus com paralisação total da frota que resultou em um aumento de tarifa de ônibus. A população paga caro por um serviço de péssima qualidade.