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Compras no supermercado hoje consomem 60% da renda das classes D e E, segundo a consultoria Kantar. Foto: Antônio Cruz – Agência Brasil

A maioria dos brasileiros considera que a economia será determinante para definir seu voto na eleição de outubro. E a maioria também acha que sua situação econômica piorou nos últimos meses. O apontamento é da pesquisa Datafolha, segundo a qual 53% dos brasileiros dizem que a economia terá muita influência em sua escolha eleitoral. As informações são do jornal O Globo.

Um quarto dos eleitores (24%) diz que a economia terá “um pouco de influência”, enquanto para 21% o tema não será determinante. Não souberam responder 2% dos entrevistados.

Não há diferença entre eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) para quem a economia terá bastante influência no voto: ambos marcam 54%. A diferença fica no extrato intermediário. Se 23% dos lulistas acha que o assunto terá um pouco de influência, a taxa de bolsonaristas para essa afirmação é de 27%.

Compras no supermercado hoje consomem 60% da renda das classes D e E, segundo a consultoria Kantar. Estudo também aponta que 62% das famílias têm alguma restrição de gasto, mais que a média de 40% no mundo. Enquanto o eleitorado avalia que o cenário econômico se degradou, Lula abriu 21 pontos de vantagem sobre Bolsonaro neste levantamento.

O petista segue na liderança da corrida pela Presidência, com 54% dos votos válidos — excluídos brancos e nulos — e venceria no primeiro turno, de acordo com o Datafolha. Seria a primeira vez que isso aconteceria desde 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito na primeira etapa. Nas simulações de segundo turno, o ex-presidente marca 58% das intenções de voto contra 33% do incumbente.