Apesar da promessa de campanha de “acabar com a mamata” no Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) tem dados claros sinais de que governa para os seus. Na quinta-feira (6), ao melhor estilo da política ‘toma-lá-dá-cá’, o presidente nomeou a esposa do líder do governo na Câmara e um de seus principais aliados, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), para o Conselho de Administração de Itaipu.
No cargo, ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti, terá salário de R$ 27 mil – remuneração dos conselheiros de Itaipu – e mandato até maio de 2024. A nomeação foi publicada da edição desta quinta Diário Oficial da União (DOU), junto com a exoneração do ex-ministro Carlos Marun do cargo.
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De acordo com informações do jornal O Globo, Marun foi nomeado pelo ex-presidente Michel Temer e reconduzido ao cargo por Bolsonaro no ano passado. Ele teria mandato até 2024.
Agenda extraoficial de Bolsonaro
Em 22 de abril, Cida Borghetti publicou em suas redes sociais uma foto de um encontro com Bolsonaro no Palácio do Planalto. A reunião, de acordo com informações do jornal O Globo, não foi registrada na agenda oficial. No mesmo dia 22, contudo, Ricardo Barros esteve com o presidente.
Procurada, a assessoria de imprensa de Ricardo Barros informou que a esposa foi nomeada em razão de sua atuação como governadora, por ter participado das discussões sobre a nova ponte ligando o Brasil ao Paraguai, que está sendo construída com recursos de Itaipu.