Mais uma vez a cidade de São Luís amanheceu sem ônibus nas ruas. A paralisação total da frota iniciou em 29 de março e funciona como uma espécie de “grito de socorro” dos rodoviários.
Há 44 dias, a categoria reivindica a implementação imediata do índice de 15% de reajuste salarial, tíquete-alimentação no valor de R$ 800 e manutenção do plano de saúde pelas empresas componentes da categoria patronal do dissídio.
Também requerem o pagamento das diferenças resultantes desse percentual nos salários e no tíquete-alimentação dos membros da categoria profissional, retroativamente a janeiro de 2020 (data-base).
Além disso, os rodoviários lutam para assegurar a manutenção dos cobradores de passagem em seus empregos. O empresariado afirma que é impossível, pois não há recursos.
Em meio ao impasse, a população de São Luís paga a conta. Trabalhadores estão utilizando o transporte alternativo, táxis e carros de aplicativo para chegarem aos seus destinos. Porém, devido a alta demanda e o aumento dos combustíveis, os valores estão altos.
A funcionária pública, Mary Santos, conta que observou um aumento de quase 20% no valor das corridas de carro por aplicativo: “Essa situação do transporte público de São Luís está complicada. Já gastei mais que o dobro que gastaria em uma semana”, disse.
Já o motorista de aplicativo, Rafael Yuri, comentou que houve um aumento na procura por corridas e isso afetou o valor. Ele ainda disse que devido à grande demanda, muitos usuários não estão conseguindo encontrar veículo disponíveis: “O preço das corridas aumentou bastante devido à procura, mas também houve um reajuste por conta do preço da gasolina. Preciso trabalhar mais horas para poder ter lucro”, afirmou.
Há uma reunião de conciliação marcada para a tarde de hoje (30) e a expectativa é de que o impasse seja resolvido.
Será se o prefeito de São Luís finalmente chamará a responsabilidade para si e cuidará do povo da capital como havia prometido na eleição de 2020?