Federação PSB
A federação prevê que as siglas ficarão unidas ao longo de quatro anos em âmbito nacional, estadual e municipal. Foto: Reprodução/Flickr PSB. Foto: Reprodução

Após quase quatro meses de intensas negociações, PT, PCdoB e PV decidiram formar uma federação partidária. Por sua vez o PSB, que negociava participação, optou por ficar de fora da união de partidos, ao menos por enquanto.

A federação prevê que as siglas ficarão unidas ao longo de quatro anos em âmbito nacional, estadual e municipal.

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A decisão foi anunciada ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffman, após a quarta reunião entre os quatro partidos, na qual não houve acordo em relação às exigências do PSB para integrar a federação.

Não há decisão de ingressarmos agora na federação porque esse assunto não está maduro para o PSB”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Mesmo assim, o partido deverá fazer uma aliança eleitoral com o PT. O PSB deverá receber a filiação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB. A intenção é que Alckmin seja o candidato a vice na chapa para a Presidência da República encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em resposta ao atual momento político, o PT, PCdoB e PV decidem caminhar para construir a federação e continuarão dialogando com o PSB em busca de sua participação, bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo”, diz nota divulgada após a reunião.

Entraves da federação

O motivo para o PSB não se unir neste momento aos demais partidos foram divergências sobre a composição do colegiado que comandará a federação e entraves nos palanques estaduais.

O principal problema para que o PSB formalizasse a aliança girou em torno da disputa ao governo de São Paulo. O PT pretende lançar Fernando Haddad e os pessebistas não abrem mão de Márcio França.

Além disso, há entraves em outros colégios eleitorais, como Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

As exigências do PSB para integrar a federação eram as seguintes:

  • na composição da assembleia geral dos partidos da federação, considerar, além do número de deputados eleitos, o número de prefeitos e vereadores eleitos por partido em 2020;
  • manutenção da composição da assembleia geral por quatro anos;
  • direito a veto para partidos que alcançarem 15% de votos na assembleia geral;
  • estabelecer quatro quintos dos membros como maioria qualificada dentro do órgão.