O jornalista Ricardo Cappelli, secretário de Comunicação do Maranhão, avalia que a pesquisa Escutec/TV Mirante, divulgada na terça-feira (22), reforça a tese de que a eleição do Maranhão seguirá a polarização nacional, tendo o dinismo/lulismo e o bolsonarismo como protagonistas, sem espaço para terceira via.
Neste cenário, um possível segundo turno se daria entre o vice-governador Carlos Brandão (em breve no PSB) – representante do dinismo/lulismo, e Roberto Rocha (ainda sem destino partidário) – nome mais forte entre os pré-candidatos bolsonaristas.
Segundo Cappelli, no momento, as pesquisas medem o “recall”, a lembrança das eleições passadas. A única exceção objetiva é o crescimento de Brandão, que não aparece em programas eleitorais desde 2010, quando foi eleito deputado federal.
Os demais candidatos fizeram campanha em 2012 (Edivaldo Holanda Junior disputou a prefeitura de São Luís), 2014 (Weverton concorreu a deputado federal e Roberto Rocha a senador), 2016 (Edivaldo disputou a reeleição) e 2018 (Weverton disputou o Senado e Roberto Rocha o governo). Todos colados na imagem de Flávio. A exceção é Roberto Rocha em 2018.
As pesquisas mostram que cerca de 2/3 da população aprova o governo Flávio Dino e vê vários candidatos como “do grupo dele”. À medida que vai ficando claro que o candidato de Dino é Brandão, ele vai crescendo. Sua curva aponta para cima a partir do dia 29/11, dia em que o governador indicou o vice como sua preferência.
Portanto, com o apoio dos dois líderes mais populares no Estado – Flávio Dino e Lula –, da grande maioria das lideranças políticas e sentado na cadeira número 1 do Palácio dos Leões, se houver segundo turno, Brandão estará lá. E seu adversário será um candidato representante do 1/3 dos eleitores que estão na oposição. O favorito deste campo é o senador Roberto Rocha.
A avaliação de Cappelli pode ser lida aqui: