Após o rompimento público do senador Weverton (PDT) com o governador Flávio Dino (PSB) em sua entrevista à TV Mirante, não há mais clima para a permanência do “foguete” no governo do estado. No programa Bastidores, o pedetista enviou um sorriso de crocodilo ao governador com dois objetivos. O primeiro é manter sua boquinha no governo. O segundo é posar de vítima, uma encenação de quinta categoria que não convence ninguém.

Seu próximo passo será lançar ao Senado nos próximos dias o seus fiel escudeiro, Erlanio Xavier, consolidando o rompimento. Dado este passo, como fica a senadora Eliziane Gama (Cidadania)?

Eliziane foi eleita deputada federal pela primeira vez com o apoio decisivo do vice-governador Carlos Brandão. O depoimento de seu irmão Eliel, presidente do Cidadania, na reunião nos Leões emocionou os presentes. Falando em nome da família, Eliel agradeceu o apoio ao longo de toda uma vida política e disse que neste momento de decisão a família não poderia deixar de estar com Flávio Dino e Brandão.

A senadora desempenhou um papel muito importante na CPI da Covid que descortinou as barbaridades e todos os absurdos do governo Bolsonaro na pandemia. Enquanto ela lutava para salvar vidas e denunciava Bolsonaro, Weverton – que jamais se fez presente na CPI – recebia com pompa em sua mansão em Barreirnhas o senador Flávio Bolsonaro.

O que houve?

Seja pela sua trajetória, por sua reconhecida combatividade ou pela posição unânime de sua família, Eliziane não possui nenhuma sintonia com o grupo que cerca o “foguete”. Em 2018, Weverton operou abertamente para derrotá-la, fechando alianças prioritárias com Zequinha Sarney e Edison Lobão.

Eleita Senadora com o apoio decisivo de Flávio Dino, Eliziane tem dito publicamente que apoiará o socialista em sua candidatura ao Senado. Com a evolução dos acontecimentos, fica uma pergunta no ar: Eliziane vai aderir ao “Bonde da Traição” ou manterá a coerência de sua trajetória ao lado de sua família com Brandão e Flávio Dino?