O ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes (PDT), é mais um presidenciável que afirmou ter intenção de rever pontos da reforma trabalhista aprovadas em 2017. No sábado (22), o pedetista afirmou que estuda uma nova reforma trabalhista. A proposta entrou no centro do debate eleitoral após o ex-presidente Lula, à frente nas pesquisas, dizer que, se eleito, vai revogar a medida. O tema tem voltado à tona neste mês depois que Lula, Gleisi Hoffmann e demais petistas manifestaram em revogar trechos da norma.
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“É preciso muita flexibilidade para entender novas atividades, o home office, o trabalho remoto, uma série de questões que precisam avançar na legislação. Mas nunca a direção pode ser a precarização do trabalho, como essa que foi feita, muito menos sufocar os sindicatos”, afirmou Ciro à BandNews.
Outro ponto criticado pelo candidato cearense foi a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional, que obriga a empresa a reajustar o preço dos combustível caso haja variação no preço em dólar. Se eleito, Ciro promete acabar com a política no “dia 1º”.
A crítica deve-se principalmente que as regras promovidas por Michel Temer (MDB) não cumpriram nem parte dos avanços prometidos, pelo contrário, é apontada como precarizante e causadora do elevado desemprego registrado atualmente.
Reforma trabalhista
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi, Hoffmann, disse em entrevista à CNN Brasil que se o partido retornar ao poder vendendo as eleições de 2022, desmontará pontos da reforma trabalhista. Segundo ela, houveram avanços proporcionados pelo texto, mas o que “deu errado precisa ser consertado.
“Nós temos que consertar o que deu errado. E essa reforma trabalhista deu errado. A promessa deles [governo Temer] quando fizeram a reforma trabalhista era a geração de emprego e desenvolvimento. Passaram-se já quase cinco anos, nós tivemos o desemprego crescendo, e não tivemos desenvolvimento no país”, afirma Gleisi.
Ela também declarou que se Lula vencer as eleições deste ano não ouvirá “mimimi” do mercado e revogará a lei que instituiu o teto de gastos em 2016.