A greve dos rodoviários de São Luís tem afetado de forma direta ou indireta mais de um milhão de pessoas. A paralisação iniciada desde o último dia 20 tem gerado inúmeros prejuízos para população da capital que está sem transporte coletivo há 9 dias.
Com o setor de comércio não é diferente, Marcos Costa, sócio de uma loja especializada em eletrônicos afirma que a paralisação do transporte coletivo já trouxe grande impacto financeiro para seu negócio. “A gente está sofrendo um impacto grande de modo geral, a clientela caiu muito devido ao custo alto do transporte, muitos clientes não tem condição de arcar com valores cobrados pelo uber ou outros transportes”, disse.
O lojista ainda enfatiza que mesmo buscando alternativas, como o serviço de delivery, os clientes estão sem dinheiro para pagar os serviços já que muitos têm tido um gasto inesperado devido à greve de ônibus.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Luís, Fábio Ribeiro, a paralisação tem acarretado prejuízos incalculáveis e afetado todo setor comerciário, já que os lojistas não estão vendendo e os trabalhadores do comércio ficarão sem receber comissão porque não há vendas.
A empresária Ana Fernandes, esclarece que os impactos vão além da baixa nas vendas, já que tem disponibilizado transporte de ida e volta para casa para seus funcionários ao longo desses nove dias. Fernandes ainda pontua que o aumento do preço do combustível piora o cenário, já que o preço das corridas nos aplicativos de transporte também sofreram aumento.
A longa duração da greve tem atrapalhado a recuperação econômica nesse período de retomada das atividades comerciais. “O reflexo negativo dessa greve é enorme e vem num momento em que o empresário precisa das vendas de final de ano para amenizar as dificuldades que a crise e a pandemia trouxeram”, pontuou o presidente da CDL.